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EXISTE PRECONCEITO COM RELAÇÃO AO USO DE PRODUTOS RECICLADOS, REMANUFATURADOS, OU COM CONTEÚDO DE RE

A implantação da Logística Reversa para equacionar o retorno de produtos usados ou descartados é sabidamente complexa. Para a sua execução com rentabilidade em todas as fases de retorno dos produtos e que a cadeia reversa se complete são necessárias pelo menos 4 condições essenciais:

  • Mercado para os produtos reaproveitados, remanufaturados ou reciclados, de seus componentes ou materiais constituintes.

  • Rentabilidade em todas as fases da cadeia reversa: na coleta, armazenagem e tratamentos, industrialização de remanufatura, de desmanche (manufatura reversa) e de reciclagem.

  • Tecnologia economicamente viável, principalmente nos processos industriais.

  • Logística Reversa organizada, uma rede logística reversa que sustente o fluxo de todos os produtos retornados, no tempo, quantidade e custo adequados.

Sem estas condições, que chamamos de essenciais, não será possível a continuidade de uma cadeia reversa no nível de um país, mas tão somente em nível microrregional. A falta destas condições é devida ao produto usado ou descartado não apresentar valor agregado suficiente para rentabilizar o seu uso, ou pela dificuldade de organizar a Logística reversa, pelos custos de transportes que limitam o raio de ação de suas operações, ou ainda pela características dos produtos, tamanho, riscos diversos, geometria irregular, entre outros.

Quando não existem estas condições essenciais de forma espontânea é necessário a intervenção de legislação para modificar, indiretamente, as condições de “valor” do produto usado ou descartado, pela obrigação do envolvimento das empresas que os levaram ao mercado originalmente.

Embora muitos produtos sejam constituídos de materiais de valor agregado que poderiam garantir seu retorno isoladamente, muitas vezes como parte de produtos nem sempre permitem rentabilidade à cadeia reversa.

Das condições anteriormente mencionadas o “Mercado para os produtos ou materiais reaproveitados” é fundamental.

Grande passo nesse sentido será as empresas envolver-se com estes reaproveitamentos, direta ou através de parceiros, colocando-os em suas estratégias empresariais, utilizando-os e comunicando aos seus consumidores.

Esta atitude reduzirá gradativamente a ideia de que “todos” estes produtos são piratas ou de menor qualidade. Produtos bons e ruins podem ser reaproveitados ou novos e originais!! Importante conhecer a procedência de forma racional, a chamada “qualificação de fornecedor” ou “certificação de fornecedor”, como se faz empresarialmente com os demais produtos.

Sem o MERCADO PARA OS PRODUTOS REMANUFATURADOS ou MATERIAIS RECICLADOS não haverá Economia Circular e a Logística Reversa não poderá operacionalizar os canais reversos de pós-consumo não espontâneos!!!

O preconceito ainda existe em muitos os setores empresariais e é preciso pensar muito seriamente nestes aspectos.

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